O Telefone Preto 2: mistérios, sustos e segredos do novo filme de terror

“O Telefone Preto 2”, ou “O Telefone Negro 2”, chega como uma continuação esperada, sombria e instigante de um dos filmes de terror que surpreendeu ao explorar o sobrenatural e o psicológico de formas inesperadas. Mantendo a atmosfera pesada do primeiro filme, esta sequência aprofunda-se nas cicatrizes deixadas pelo trauma e no confronto contínuo com o mal que parecia ter sido derrotado — mas que jamais se apaga completamente.

Passaram-se quatro anos desde que Finney Blake escapou do cativeiro de “O Pegador”. Ele tenta reconstruir uma vida depois dessa experiência brutal, mas as sombras do passado ainda o perseguem. A irmã mais nova, Gwen, começa a receber telefonemas vindos de seus sonhos, ligados ao mesmo telefone preto que no filme original permitia a Finney ouvir vozes das vítimas anteriores do assassino. Gwen sofre pesadelos recorrentes envolvendo três rapazes num acampamento, visões inquietantes que a fazem acreditar que há algo mais profundo e terrível escondido na história familiar deles. Juntos, Finney e Gwen decidem ir até o acampamento conhecido como Alpine Lake para desvendar a verdade — mesmo que isso signifique enfrentar, de novo, o que julgavam ter deixado para trás.

O regresso de “O Pegador” de Ethan Hawke é tratado de maneira perturbadora: embora o vilão esteja morto — Finney matou-o no primeiro filme —, o novo capítulo explora o mal pós-morte, o poder do sobrenatural e como pesadelos e visões podem ser tão concretos quanto a realidade. O filme parece inspirar-se no conceito de Freddy Krueger, no sentido de que o vilão atua no mundo dos sonhos, causando danos que reverberam no mundo real.

Há promessas de que este segundo filme será mais intenso, mais violento e mais sangrento que o anterior — não um terror gratuito, mas um terror que se permite explorar os limites do medo, da dor e do sobrenatural com maior ousadia. O diretor Scott Derrickson falou disso mesmo: o que se viu em “O Telefone Preto” era mais suspense sobrenatural do que puro terror gráfico; agora, com mais maturidade narrativa, a sequência quer mergulhar nas cenas mais extremas, sem perder de vista o drama humano que sustenta a história.

O elenco principal — Mason Thames como Finney, Madeleine McGraw como Gwen e Ethan Hawke como “O Pegador” — retorna com força. A nova história constrói-se não apenas em torno do medo e da ameaça sobrenatural, mas também de como famílias lidam com traumas profundos, sequelas psicológicas e a forma como o passado insiste em voltar.

A estreia em Portugal está marcada para 16 de outubro de 2025 nos cinemas.

No final, “O Telefone Preto 2” promete não só aumentar o volume dos sustos, mas aprofundar o horror interior, aquele que nos assombra quando as luzes se apagam, e o telefone — ainda preto — toca no silêncio. Se conseguir equilibrar bem o espetáculo sombrio com a carga emocional já presente no primeiro filme, poderá superar expectativas e consolidar-se como um dos exemplos fortes de terror moderno.